Holtop Notícias Semanais #35

Onda de calor varre Espanha, Portugal e França em junho

O Guardian informou que uma onda de calor abrasador varreu Espanha, Portugal e França em meados de junho.As temperaturas excepcionalmente altas ocorreram muito cedo e seguiram-se ao mês de maio mais quente já registrado na França e o mais quente na Espanha em pelo menos 100 anos.O calor escaldante pressionou intensamente os grupos vulneráveis ​​e aumentou a demanda por eletricidade para ar condicionado.A Météo France, agência meteorológica francesa, enfatizou que este foi o primeiro período de calor a atingir o país, piorando uma seca causada pelo clima excepcionalmente seco no inverno e na primavera e aumentando o risco de incêndios florestais.

A temperatura atingiu o pico de 41,6ºC em Badajoz, na Espanha, e 40ºC foi registrada em partes de Portugal.A temperatura em Sevilha, na Espanha, chegou a 41,6ºC.Temperaturas de até 39ºC foram atingidas em Paris, na França.O sudoeste da França foi a parte mais afetada do país."Esteja atento!Hidrate-se, fique em áreas frescas e mantenha contato com as pessoas próximas a você”, twittou a primeira-ministra francesa Élisabeth Borne.

Milhares de hectares de floresta foram devastados por incêndios na Catalunha, Espanha.Em 13 de junho, as temperaturas atingiram 38ºC em toda a França, e 40,7ºC foram registradas em Madri, na Espanha.Em 14 de junho, as temperaturas atingiram 42,6ºC na cidade espanhola de Villarrobledo, em seguida, em 15 de junho, as temperaturas atingiram 37,1ºC em Châteaumeillant, na França, com máximas de 43ºC registradas no sul da Espanha.No dia seguinte, as temperaturas ultrapassaram os 40ºC na comuna de Argelliers, na França.Em Biarritz, na costa basca, na França, a temperatura atingiu 42,9ºC no dia 18 de junho, uma alta histórica.As temperaturas caíram ligeiramente na Espanha em 18 de junho, enquanto o calor se intensificou na França, movendo-se gradualmente para o nordeste em direção ao Benelux, Alemanha e depois à Polônia em 19 de junho.

O aumento do uso de condicionadores de ar e ventiladores forçou a França a importar eletricidade de países vizinhos, disse a operadora de rede Réseau de Transport d'Électricité (RTE), já que muitos dos reatores nucleares do país estavam desligados para avaliar possíveis riscos de corrosão ou para manutenção.O calor intenso também está baixando o nível dos rios, o que significa que algumas usinas nucleares devem reduzir a produção porque a água usada para resfriar os reatores é quente demais para ser devolvida aos cursos d'água sem colocar em risco as plantas e a vida selvagem.Espanha, Itália e outros países limitaram recentemente o uso de condicionadores de ar para economizar energia, e a ministra da Energia da França, Agnes Pannier-Runacher, está planejando uma ação semelhante.

A operadora ferroviária francesa SNCF alertou sobre possíveis atrasos, pois os trens são forçados a desacelerar porque o calor deformou os trilhos ou danificou equipamentos elétricos.“Nossa infraestrutura sofre com o calor”, disse o diretor regional da SNCF, Thierry Rose, observando que as temperaturas na pista de Bordeaux atingiram 52ºC em 16 de junho.

Os cientistas alertam que as ondas de calor se tornaram mais prováveis ​​devido às mudanças climáticas, tornando-se mais frequentes e intensas e duradouras, com impactos cada vez mais abrangentes.

As ondas de calor escaldantes em maio e junho no sudoeste da Europa sem dúvida impulsionarão as vendas de sistemas de ar condicionado nos países afetados, mas as questões ambientais e a necessidade de continuar a enfrentar o aquecimento global com urgência permanecem em primeiro plano.